CARA CROCODILO

O medo de saber a verdade

A vontade de não pensar

Os deuses de lata e barro

Uniram-se a um povo do sul

Os pequenos cresciam feito ratos

A fome tremia de medo, outro medo

A rainha decadente, mas bondosa

Era empurrada pro abismo

Um rei de plástico, com cara de rato

Foi levantado ao trono;

A floresta ruía de fogo ardente,

A noite caiu por sobre a cidade...

Como um manto lúgubre e sem vida...

Os que gritavam por justiça

Que falavam do amor entre os iguais,

Que amavam as árvores, os pássaros

Bebiam dos rios límpidos e calmos

Eram cassados como cães danados...

Um dia de desprezo, uma noite de dor...

De repente, não mais que de repente

Um sol deslumbrante raiou do nada

Surgiu da coragem dos que pediam amor

O rei de cara de rato secou

Foi comido pelos vermes em praça pública

Até hoje não se sabe ao certo

A quem pertencia a sua alma.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 26/08/2019
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