Noites de giz
 
 
vem do vermelho água absorto nas veias
onde a cor verdadeira parece inventada
uma faca no descanso do eco
uma veste louca arrebatada dos poros
não entende que tudo quebra sem defesa
como um teto na sombra
estrelas abstratas talham o quarto em voz baixa
como se a alma que pulsa fosse cair
na pele prometida deslocando a vertigem
nessa incerteza que não tem nome
o vestido voa definitivo
com asas a esmo em noites de giz.
 
 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 22/08/2019
Código do texto: T6726403
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