Indomável âmago

A silhueta que cobriu de bruma, névoa;

Texturizada, bruta-flor voaria como um condor.

Longe da razão, embriagado pelo cintilante, tinitas.

Descobrindo rastros de estrelas congelantes

Que por algum milagre inexplicável conjecturam a trama

Realinharam átomos para lhe dar o sopro da vida.

Lamentável, seria, se no encontro de casualidades,

Cerceados seriam os homens desta contemplação angelical.

A humanidade, sem cor ficaria, a espera de algum apocalipse

E encontraria uma maneira de realinhar todas as moléculas

Para reencontrar, no mais profundo sonho,

teu rascunho, a arte final.

Oras, horas.

Indomável âmago.

Mentalizando o rompante quando suas mãos.

Por um instante, revelaram a natureza, esplêndida.

E no trago de um cigarro, um delírio amante.

Maresia e a umidade refletiam os raios do astro-rei.

Ilusão fonética-elétrica.

A conjunção, não mais que diferente, que;

Repetiu, os encantos da criação de um novo sistema planetário.

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