ROXOS RÁPIDOS
Quero o cinturão rosa dessa aurora silenciosa.
Quero o almíscar que exala da coluna das horas
frescas do meu alfarrábio de versos orvalhados.
A fim do suco da manhã. Do alvoroço. Dos intervalos.
A teia rasa da nuvem quase esparsa exibe, agora,
a metade restante para ser tarde. O asilo voluntário
dos minutos que sobram na memória de um poemário.
A gangorra da fé vem e vai. Passa. Demora, mas volta.
Só quero o cinturão orquídea daquela neblina amora
que circulou o firmamento do dia novo. E foi embora.