Eu e Deus
pelos olhos os minutos atrás
passos frescos manchando a tinta da escada
os fios do poste invadindo o quarto
no peito da noite uma estrela
um riso suave... namorando os lábios
a pele viciando o perfume
o silencio reclamando abrigo
trilhos, temores, teus favores pelos corredores
os minutos possuindo o relógio...
eu e Deus, à esquerda
o depois de amanhã um demônio
(meu castelo)
a alma de vidro criando beleza
para o desfecho das pedras
o tempo... um abraço forte
já não era meu...
era algo seu perdido em mim.