Sandra, Deus te insinua
teu nome Sandra, Em papel timbrado.
ignora o tempo que voa dentro de mim
por que tem que ser assim?
como aquele chão que corta a xícara,
que embebeda as horas,
que desfaz os nós das horas,
nas pontas dos eus...
teu nome às claras enfeitando as palavras,
espelhando o dentro pra fora
na procissão em curso,
no itinerário desse dia...
enquanto você demora e uma saudade
enquanto você demora e uma saudade
rasga o que sou.
e me volta,
pedra sobre pedra,
ao encontro dos teus olhos
a poesia espreguiça pra lá do outro dia.
sim, teu nome
onde o amor voa louco, na paz,
na luz no corredor, no vão da escada
o grão dos dias...
Deus esquece o que vem depois
dobrando-nos em esquinas
que nunca nos viram.