Restos de bolacha
eram tranças tremulando
o babado da saia brincava de vento
a paineira carregadinha
provinha sombra que o sol não alcança
o céu era o esconderijo de Deus
os olhos faziam pausa
para uma joaninha passar
o rio era música baixinha
para brincar de ser feliz por nada
o final do dia continuava no sorriso
com que minha avó me acolhia
restos de bolacha até o quarto
colcha de crochê beirando o chão
o travesseiro quentinho
esquecido da gravidade
aguardando os sonhos de amanhã
ávidos de não perder o que fosse
eram tranças tremulando
o babado da saia brincava de vento
a paineira carregadinha
provinha sombra que o sol não alcança
o céu era o esconderijo de Deus
os olhos faziam pausa
para uma joaninha passar
o rio era música baixinha
para brincar de ser feliz por nada
o final do dia continuava no sorriso
com que minha avó me acolhia
restos de bolacha até o quarto
colcha de crochê beirando o chão
o travesseiro quentinho
esquecido da gravidade
aguardando os sonhos de amanhã
ávidos de não perder o que fosse