Todas as manhãs que se apagam antes de partir...

foi ao chão como uma folha
o sol nascia.o sol se punha
os relógios batiam. mas o tempo não passava
flutuava como um mercador de flores
o vermelho se movia na intimidade do sol.
sempre sofrendo
cheio de bondade e ardor ao cobrir tua pele
lembrando o som das águas
como se a vida escorregasse tal a virada de uma página
parecias guardar as estrelas e o tom da noite.
como uma ressaca.
uma certa habilidade na forma de usar o sorriso
sufocando os diamantes
amadurecendo o arado para lavrar a terra... 
nada resta a fazer senão admirar. 
olhar exaustivamente antes de perder os efêmeros consolos
de cada cor arrancada de ti 

tal pintor que pinta manhãs antes de se apagarem...
como uma palavra colocada. na boca. que se cala.

 
Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 02/08/2019
Reeditado em 02/08/2019
Código do texto: T6710627
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