Fábula de papel
espero voltar como uma flor
como remédio
que você apenas toma
aroma de água
nunca duas vezes
uma noite de boêmia
até que acabe
uma súbita árvore
uma porta afiada
se acaso me esquecer
me demita
trancarei as facas
dessa maldita capacidade
que adquiri faz séculos
de amar
(obrigada Deus, pela morfina)
espero voltar como uma flor
como remédio
que você apenas toma
aroma de água
nunca duas vezes
uma noite de boêmia
até que acabe
uma súbita árvore
uma porta afiada
se acaso me esquecer
me demita
trancarei as facas
dessa maldita capacidade
que adquiri faz séculos
de amar
(obrigada Deus, pela morfina)