DÉCIMAS
Nasci “vestido” de monstras vaidades
Cresci curado pelo ambiente criado
Da vida de jovem até adulto, guiado.
Hoje vejo as lotações das cidades
Feridas e doentes de maldades
E o seu ideal jamais realizado.
Aprendi quando mudei o meu eu
Não foi fácil, mas em nada me doeu.
E com sabedoria eu fui transformado.
O sonho de mudar a cidade, não morreu.
Sou “ovelha”, sou “pastor” de mim mesmo.
Eu vi os abismos diante de mim
E antes que a vida me desse um fim
Não deixei que ficasse a esmo.
Turbilhão de convites eu tive
Pois na vida não falta quem ative
A armadilha de traiçoeiro estopim.
Procurei galgar verdes pastagens
E foram nessas lindas “viagens”
Que cresci e vivente estive.
Ênio Azevedo