A astrônoma
estacionou seus semblante no horizonte estrelado
evitando olhar para os lados
queria ver até onde a luz tinha alcançado
e de tanto encarar a lua cheia
quase podia jurar tê-la cegado
de tanta curiosidade foi seguindo o seu chamado
descobrindo o passado
num mapa por Deus desenhado
e seu olhar curioso no que havia lá muitas vezes tornava seu andar desengonçado
partirá em busca de aventura
tantas órbitas e constelações
tantos buracos negros e explosões
tantos medos e paixões
tudo visto de longe
por onde a luz não perpassa
e a matéria escura te preenche
nos segredos das velhas estrelas
nas profundezas de um universo não explorado
na certeza de planetas desencontrados
na ponta da língua e da caneta
um brilho desconhecido
e no soar do coração
nas suas mãos um vazio
e a sua frente imensidão