Insônia
O sino da Matriz
Deu uma badalada.
Chegou a madrugada,
Mas ele não chegou.
Será que se esqueceu
Do nosso encontro às onze?
...Revolvo a minha cama,
A vigília me chama.
Soa outra vez o bronze.
Olho pela janela;
A lua cheia brilha,
Para mostrar ao ébrio uma trilha.
Alguma coisa eu tenho que fazer...
Tomo um copo de vinho,
Vou até a sacada e... nada.
Lá fora mundo todo está silente,
Até que o sino toca novamente
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Aos poucos as idéias se misturam
Cavalos brancos... cavalos-marinhos...
Cento e um... cento e sete... cento e do...is carneirinhos.
Com um fio de consciência eu me dou conta
Que ele, até que enfim, apareceu.
Deslizo sob a colcha de veludo
E sem abrir os olhos o saúdo:
Seja bem-vindo, Morfeu!