O poeta não depende do fogo,
fole, forno, bigorna para forjar,
o poeta mergulha no silêncio,
vai às profundezas da solidão
para criar visões, inquietudes,
medos, ódios, paixões, rancores.
No silêncio ele produz lágrimas,
risos, perplexidades, reflexões.
Nas asas da imaginação,
ele inventa tipos fantasmagóricos,
fantasiando o mundo das pessoas
com seus apetrechos poéticos,
vendendo ilusões aos sensatos,
um mercador de utopias,
um arrumador de palavras,
para engabelar o rígido destino,
é assim que se forja o poeta.