DESPERTAR

Pela janela entreaberta
uma réstia de sol se insinua
e vem espiar, curiosa,
o meu corpo imerso em sono.
Toca meus olhos de leve,
desce um pouco por meu rosto,
e beija meus lábios fechados.
Emersa do sonho eu desperto,
demoro ainda um segundo 
pra me situar no espaço.
Me espreguiço, abro os braços,
e me dou conta do sol,
dessa pequenina réstia
que simboliza, modesta,
toda a luz que há no mundo.