tempos de guerras intermináveis
templos em terras onde persiste a paz,
alegria enterra ...
escorre pela mão feito areia,
alergia de quem corre da pressão
quando a coisa fica feia,

cuidado ...
pra não ficar sem seu chão,
coitado ...
perdeu tudo o Seu João, 
seguiu cegamente ...
o canto da sereia,

deslumbrou-se
com a água de coco 
na beira da praia, 
sorrisos, olhares,
toques macios,
cerveja gelada,

limpou-se das mágoas
de um soco sem luva 
que a vida lhe deu, 
livrou-se das sátiras
de uma vida de culpa
que o ego lhe pregou, 

tomou de volta o q' é seu,
enlouqueceu e voltou ...
mais sóbrio q' nunca,
valeu a pena a facada 
de cada coisa q’ passou.


 
R Lelis
Enviado por R Lelis em 05/06/2019
Reeditado em 16/01/2020
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