Cuspe

Mas que realidade carece de delírio

Faz do cotidiano uma coisa sem sentido

Mexeu com meus instintos e acaba minha fé

Faz desse homem pobre o verme que tu quiser

Mas se sou errante afaga essa alma

Toma o veneno que me mata e me acalma

Um país vibrante e uma falta de noção

Morre todo dia um na crucificação

Segue caminhando rumo ao desespero

Com sorriso no rosto sem olhar espelho

E o que fazer diante de ataques

Usam a mentira enquanto sufocam a verdade

Em nome do pai se mata mais de um por dia

Forjando da real de uma vã filosofia

A preguiça mata um rapaz decente

Até quando isso serei reincidente

Sob base morta de uma metafisica

Assistindo a peça dessa areia movediça

Aliciam a fé, corrupto sistema

E pra ter o pão te colocam o dilema

Sobre mil pilares eguem a ganância

Mas se perguntar é em nome das crianças

Os filhos da pátria são alguns eleitos

Mas se for no público falta mais um leito

Só faz festa quem tá bem alocado

Mas se te stressa é você o desajustado

Falam que são o bem invocam a moral

Tão precisando ler a banalidade do mal

Confundem a ordem com submissão

Mas se perguntar vão dizer que sou vilão.