ADEUS
Perco-me nas redondezas do teu ser
e nas linhas que perpendiculam
as paralelas da tua última partida.
Sigo a listra negra desperdiçada ao chão
longilínea não presença da tua ida,
no encalço e grudada ao teu perder.
A partida do dia e o Sol pleno de não,
retilínea e distante caminhada e eu, só!
Aprisionado, neste leste geográfico,
vejo absorto o aturdido ir
e o teu adeus enigmático.
Donde estou, extingue-se o lume.
Agora só e profundamente cego,
chega-me uma brisa derradeira
trazendo-me às narinas, na cegueira,
o que ainda restou do teu sutil perfume.