Molha o desejo
Queria acreditar na porção do amor;
Nos ameríndios desvios solares
Em construções viárias de veias que levam sangue
quente ao coração.
Desta vez eu me prendia em céu azul que se movia,
Se estendia ao infinito: acaso deslumbrante, essencial!
Que os beijos molham os lábios, e os lábios molham o desejo.
Ah, cinzero cor de barro, se tu ouvisse o que o cigarro diz,
Tenho certeza que não sentirias mais o enalar de nós: figuras bobas, cantinho frio e calmo, gostinho de mel.
Nas inúmeras estrelas inumeráveis vejo cartazes e dizeres, tanto no país quanto nos sinais, é festa, e todos os anjos e demônios esquecidos dormem sussegados.