O INSÍPIDO INFINITIVO
“Amar” só tem graça conjugado.
Há de haver alguém do lado,
mesmo que seja (eu...!).
A propósito, amar a si,
a forma menos altruísta de amar,
é também a menos arriscada que há:
ninguém tem arritmia
quando olha o espelho
e a pessoa amada está lá.
O infinitivo (amar) é que não dá.
O infinitivo não se importa
com as pessoas,
e sem as pessoas
não existe amor.
O infinitivo (cá pra nós!)
é muito sem sabor.