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Escrever, escrever.
Ter o mundo nas pontas dos dedos
Descortinando, navegando
Fazendo desse instante minha poesia.
Ai de mim se minha mão não soubesse escrever
Se não soubesse desenhar chuva, rio, mar...
A vida seria um manancial de mistérios
Um estranhamento
O inexplicável
Às vezes desanimo
Tornando inúteis minhas palavras
De que servem esses poemas
Água de palavras
Frutos nascidos de loucas sementes
Às vezes me pergunto
De que servem esses poemas
Se não tem brilho
Se são volúveis
Se são voláteis
Se me fogem das mãos?
Melhor seria arrancá-los de mim
Como erva daninha
Essa linha que me descostura
E que me faz prisioneira de miragens
Melhor seria derramá-los no mar...