O Remo e o Muiraquitã
Sopra o vento, espalha a neblina,
Remo em águas cristalinas.
De repente, sem esperar.
A pressão conduz em direção
De um iceberg da cosmovisão
O mar imponente estar
Sua cantata ecoa no ar,
Em maresia que entoa,
De altos e baixos, verte-se a viagem.
No horizonte, não há mais paisagem.
Querem tomar meu chão.
Alegam não ter produção.
Como explicar a pertença,
Pra mentes sem decência?
Como náufrago vou sucumbir
Se do remo desistir.
Valho-me da força interior.
Quebro os paradigmas de dor,
Ergo a flecha, toco o tambor,
E ao guerreiro do amor,
Suplico, num grito promissor.
Abram-se os raios de sol
Queime-se a ganância do opressor.
Faça-me remar, remar, remar...
E em Porto Seguro chegar.
Certa, que meu Muiraquitã
Combate a fúria dos Titãs.
Negra Aurea: 25/ 04/ 19 – 10:00h