Flambado em conhaque
há vestidos puros e cores roucas
dissimulados no deleite da imaginação.
fogo, gelo, vento, silencio
queimando em fogo lento
na luz suave das lamparinas
há vestidos bíblicos, raras vezes tocado
pela luz direta dos olhos.
e os nus, parecem feitos
do completo silencio das cores
há vestidos, que embrenham-se na memória
como anjos ao longe
e de perto, puros demônios lambendo a lâmina da faca
mata só com o pensamento
há vestidos, flambados em conhaque
que morde os lábios para segurar seu nome
enquanto a alma voa... para outro lugar
morre e nasce... como se fosse o ar da noite.