Flambado em conhaque

há vestidos puros e cores roucas

dissimulados no deleite da imaginação.

fogo, gelo, vento, silencio

queimando em fogo lento

na luz suave das lamparinas

há vestidos bíblicos, raras vezes tocado

pela luz direta dos olhos.

e os nus, parecem feitos

do completo silencio das cores

há vestidos, que embrenham-se na memória

como anjos ao longe

e de perto, puros demônios lambendo a lâmina da faca

mata só com o pensamento

há vestidos, flambados em conhaque

que morde os lábios para segurar seu nome

enquanto a alma voa... para outro lugar

morre e nasce... como se fosse o ar da noite.

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 25/03/2019
Código do texto: T6606780
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