MÁ SORTE
Azar, jogo da vida.
Ó azar!
Como o Sol
Que queima invariável
Naturalmente bronzeando
E tostando
A existência inusitada!
Inicialmente reprime,
Depois enfeitiça,
Porque a consciência é aleatória...
Riqueza das massas!
Desejar o inóspito,
Derreter as ideias
E um destinatário
Repleto de dúvidas...
Mundo oco,
Azar dos povos,
És uma irreverência inaudita!
Em tua maldade
Sempre buscas o tudo
De forma aparente
E obviamente desajeitado...
Azar – Não podes abençoar,
Posto que és um trevo
E em meu corpo desnudo
Deixo ao relento
Tua maldição.
O futuro é inolvidável
E à saúde do planeta
Forneces e roubas
Tanto uma verdade platônica
Como o orgulho néscio.
Não és abolicionista
E rapidamente,
Agora,
Implode a realidade
Já que és a mentira
E a hipocrisia não é fraca,
É uma aparência mais virtuosa.
Salve-se quem puder!
DE Ivan de Oliveira Melo