da pele
a pele é o jardim das vaidades
de uma alma que seca
do corpo, arranham
espinhos e já não posso tocar a chuva
as horas fadigam o tempo
corroem a memória
mas quero cobrir-me da casca
e contar sobre a melancolia das folhas
e quando deitar na terra úmida,
me dissolver nas sombras
que dos meus restos
alimentem a terra, mas não por algum pesar
porque a pele é jardim das vaidades
de uma alma que seca