Ao ano que vai chegar

Rasgando a velocidade da luz

Vou chegar ao próximo ano

Porém, aos passos pequenos.

Nem poucos acontecidos

Como o teu sexo

A tua vida

O teu cabresto

A velocidade não poupa,

Muito menos,

Caminhos só na superfície,

Talvez alguma fé

Talvez, talvez

Por isso vou crendo

Na cerveja do bar

No violão do meu amigo

Num sonho fantasioso

No achar que não é encontrado

Porque o tudo não existe

E o nada a gente não compreende.

Mas há sempre alguma coisa

Que nos abraça e traz alma

Para sentir mais que pensar.