Minha dor

Hoje já não mais tem nome,

Por que se tivesse,

Como dizem, uma hora some.

Mas, não.

Assim como eu, oscila.

Cresce, diminui, muda e gruda.

Só não solta.

Nem se vai, quem dirá que volta.

Por toda volta.

Por toda a rota.

Nesse vai e vem que já me esgota.

Que já nem sei se faz parte.

Se certa quantidade ou intensidade,

Traz a dor como arte.

Porém é minha,

Sem nome e sem sina.

Sem causa, sem início.

Mas que de certa forma,

Enriquece a rima.