Dois Lados em uma só Dimensão És que me fragmento na dimensão do querer, És que me fraciono na medida do ceder, És que mergulho no eu morto e acordo o outro O meu outro lado inerte diante do todo . Quem sou diante de mim nesse instante? O verbo imóvel não deixa espaço para o sujeito, A imobilidade define esse momento torpe Mas há um brilho no predicado existente. Na sombra do cajueiro conjunto a vida E a manhã deita-se em meu ventre fértil, Há uma brisa que repõe o que falta E a roleta da sorte computa os dois lados.