Moinho
Se até as estações do ano mudam
Por que viver a mesma sina?
Se até para balanço
É preciso impolso pra se mover!
Ninguém alcança o mundo
Sem temer...
E tremendo com medo entre os dedos
Esse que vem do peito
No mesmo impulso tu começas a se mover.
E nessa engrenagem,
Óleo, corrente, gemido e fumaça...
Tu meio sem graça traça uma nova estória.
Deixa a outra estrada,
pois está não calça mais os teus pés.
Nas mãos trago pouco...
O temor um tanto rouco.
Azucrina, mas também alerta!
Talvez o medo seja de fato um dos mais nobres sentimentos
Ô bichinho rabugento!
Porque ele sozinho tem a capacidede de mover o moinho
Criando novas oportunidades.
Mas, também limita o indivíduo.
Beneficia o novo, transforma e cuida!
É preciso então um medidor para regular o temperamento.
Esse mesmo, esse tal do medo, não é gente, nem coisa alguma
É aquela pontada que aponta ao temedor que chegou o
Vento da mudança.