Moinho

Se até as estações do ano mudam

Por que viver a mesma sina?

Se até para balanço

É preciso impolso pra se mover!

Ninguém alcança o mundo

Sem temer...

E tremendo com medo entre os dedos

Esse que vem do peito

No mesmo impulso tu começas a se mover.

E nessa engrenagem,

Óleo, corrente, gemido e fumaça...

Tu meio sem graça traça uma nova estória.

Deixa a outra estrada,

pois está não calça mais os teus pés.

Nas mãos trago pouco...

O temor um tanto rouco.

Azucrina, mas também alerta!

Talvez o medo seja de fato um dos mais nobres sentimentos

Ô bichinho rabugento!

Porque ele sozinho tem a capacidede de mover o moinho

Criando novas oportunidades.

Mas, também limita o indivíduo.

Beneficia o novo, transforma e cuida!

É preciso então um medidor para regular o temperamento.

Esse mesmo, esse tal do medo, não é gente, nem coisa alguma

É aquela pontada que aponta ao temedor que chegou o

Vento da mudança.

Yasmin Meirinho
Enviado por Yasmin Meirinho em 03/11/2018
Reeditado em 29/03/2019
Código do texto: T6493912
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