Teus olhos

Quando me perco em teus olhos,

Encontro o que estava perdido em mim,

Vivi uma saudade sem fim,

Vinda de uma flor que encontrei no jardim.

Pobre jardineiro que fui,

Ao colher a flor, uma muda mudou

O sentimento que há em mim aflorou,

O cheiro do perfume passou,

A folha que a endornava murchou

E em meu peito entoou

Que teu amor me afagou.

Mas quando me perdi no brilho dos teus olhos,

Encontrei o que estava perdido em mim

E numa melodia sem fim

Precisei repousar noutro jardim.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 02/11/2018
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