Teus olhos
Quando me perco em teus olhos,
Encontro o que estava perdido em mim,
Vivi uma saudade sem fim,
Vinda de uma flor que encontrei no jardim.
Pobre jardineiro que fui,
Ao colher a flor, uma muda mudou
O sentimento que há em mim aflorou,
O cheiro do perfume passou,
A folha que a endornava murchou
E em meu peito entoou
Que teu amor me afagou.
Mas quando me perdi no brilho dos teus olhos,
Encontrei o que estava perdido em mim
E numa melodia sem fim
Precisei repousar noutro jardim.