Ah, mar!

Ele não fazia outra coisa senão amar,

Amar aos amigos, aos pais, a si, amar

Nada do que fora feito contra ele mudara,

Ele que amava a mim, a ti, o mar.

Ah, mar perverso que levou dele seus amores,

Por outro lado curou as dores, lhe trouxe flores

Flores as quais pudera sentir o perfume, amar

Sem medo de ser feliz por tuas injustiças, mar.

Mar que fora cheio com a água salgada que dele saia,

Dos olhos, da pele, de noite e de dia,

Mar revolto que já não sabia a diferença entre mar e amar

O mal amar o levou ao mar e nas águas profundas o fez respirar.

Amar em versos, em prosa amar

Na dor, r descobrindo a cor e a sede de amar,

Amar o gosto de frutas frescas, o sabor e acordei da cereja,

Ah, mar, não levas do menino que perde o destino a fragilidade de amar.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 30/10/2018
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