Eu
Eu, de carne e osso, condenado ao sepulcro.
Irei, igual outros que vi dessa maneira.
Partir, um dia num invólucro,
tecido, com ferros e madeira.
Eu, que via à lua, e às estrelas,
que pensavas, assim, como quem pensa...
Vendo à noite, tão bela, com às mesmas,
ilusões, a sucumbir, às minhas crenças.
Vou vivendo assim de forma vagarosa,
esse tempo que me resta ainda teres...
Deixando pelo caminho venturosa,
minha rima, nos poemas, que escreveres.