Eleição.

Rio, 02.10.2018.

Eleição.

Eu venho de muitas noites mal dormidas,

da rabeira da vida, sina de extenuante lida,

Da esteira da existência (ladeira que não finda).

Eu venho da insistência de seguir na contramão.

Eu tenho uma pátria sem guarida,

uma falsa terra prometida,

onde a ordem e o progresso

são idéias consumidas pela corrupção.

Mas a minha índole ainda cisma

em acreditar em qualquer

fio de perspectiva, e almeja

ver a minha hostil nação querida

tornar-se uma mãe gentil

para os seus cidadãos.

Portanto queiram desculpar

a minha negativa, mas eu não voto

em partidos que há tanto tempo

Nos tem partido o coração.

E que manipulam um povo sem educação,

sem saúde e sem comida,

que de tanto viver de migalhas

abençoa qualquer um que lhe traga o pão.

Se você pretendo exercer a sua "cidadania",

seu intelecto de demagogia,

fique a vontade e cumpra a sua função.

Mas não queira me convencer

com a sua epifania, eu não vou com a maioria.

Eu já tomei a minha decisão.

Não participo desse circo caduco

e carcumido entitulado: Eleição.

Clayton Márcio.