Meninão

Meninão

Minha intrepidez, de adulto adolecente

Sempre por toda minha vida pairou

Porque no fulgor que me despertou para os sentimentos

Nunca tive peias, nem comensuração

Foram incriveis desejos de conquista e revolução

Quando se é belo de idade e tão frágil

E suceptivel, para os modêlos, ideologias e auto-afirmação

Então segui por toda minha vida

Acreditando sempre nos conceitos

Normas e ditames que me doaram.

Sempre cuidadoso, e desconfiado ante meu próximo

Sem acreditar na bondade e sequer na caridade

E talvez, no amor...

Foi grande o aprendizado

Mas, minha doce amiga, não conseguir terminar o curso

Falta-me muito, e só agora descobri

O ouro que existe na amizade

A douçura que existe em certas mentes

De onde não medram pensamentos que possam magoar

Senão o desejo de fundir-se, com a própria natureza .

E o derramar de carinhos amor e cuidados

Por seu semelhante...

Porque na minha caminhada

Nunca conheci a ternura

A sinceridade, o respeito e também a fibra

Que possa em uma criatura conter´

E assim tentei tornar-me poeta.

E aprendi coisas maravilhosas

Contos, poesias, encantamentos, sonhos, amar, e ser bom.

Foi lindo, aprendi, aprendi !!!

Só querida amiga, que o meninão

Não aprendeu.

E as vezes irrompe, e precipitado

Faz coisas, diz palavras que não deveria dizer

Ele machuca, ele machuca, eu sei...

As vezes pede desculpas,

Mas já vi que não aprendeu ainda a amar

Por isso te peço, me ajude, vamos cuidar dele

Ele precisa de você

Para aprender a amar mansinho

A andar confiante pelos caminhos da terra e do ar

E aprender com o adulto agora poeta

A observar o perdão a meiguice, a ternura

E sonhar com um mundo só de paz...

E que por fim, o meninão e o adulto

Compreendam,

E aprendam.

Que uma amigo de verdade

Eles não podem perder jamais...