PÁSSARO AMIGO.
O passarinho acordou,
limpou seu bico nas penas,
cantou repetido poema,
depois bateu asas, e voou,
pra onde,não sei lhe informar,
o voo,só a ele pertence,
se foi,nem bateu continência.
partiu a qualquer lugar,
nem diz quando voltará,
deixou esse ar de tristeza,
pairando no meu quintal,
as flores fecharam os risos,
os grilos emudeceram,
as águas fugiram da bica,
o som fugiu da cuíca,
a brisa não vi passar,
meu Deus,que triste agonia
eu tenho que superar,
então fechei a janela,e
fui ao quarto rezar,
procurei algumas palavras,
mas elas me escaparam,
mergulhei no maior abismo,
meu mundo já acabava,
quando um canto ouvi,
o pássaro então retornou,
no mesmo galho pousou,
e em canto me disse assim,
voltei para testemunhar,
que a vida neste lugar,
também depende de mim.