Meu pai ausente
Pai, aquele sofá em que nos juntávamos
Ainda que por vinte ou trinta minutos
Contava-nos toda a vida corrida d’um dia
Que correu, mas que venceu, por Deus, (com os olhos) dizia!
Logo o sono viria
Eu sabia
Logo eu acordaria
Com as brigas
Mas, tu estavas lá...
Nós também
Hoje só me resta chorar
E me lamentar
Por não saber
No que isso vai dar
Hoje, a ausência...
Nada há no sofá
Mas ainda o uso
Para, por ti, orar!