sobreviver no conviver

No almoço não quero incomodar aos conviventes

Não quero respirar profundamente discordando veemente

Recolho-me à antipatia ardente à solidão contente.

Meus olhos não sentem mais nenhuma emoção.

Não vibram à qualquer opressão

Meu olhos apenas se detém em mim mesmo;

naquilo que ninguém pode ver

Ainda que tristes, ninguém os pode perceber

Ah, a arte do engano

Dessa eu nunca quis saber

Mas em tempos como o tal tão necessária

A ela recorro para sobreviver

Ao conviver

Alexandre Scarpa
Enviado por Alexandre Scarpa em 13/09/2018
Reeditado em 22/09/2018
Código do texto: T6447627
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