SAIU DE VISTA
SAIU DE VISTA
Saiu de vista
O último espectro solar
Calou-se
O último canto dos pássaros
É noite infinita e solitária
Insone e sem luz
Devaneia sem destino
Sussurra uma prece
Para ver se fenece
Sem morrer
O fragor do vento
Não deixa
Os sonhos em claro
Vão passando passando
Deixando vestígios de luz
Na aurora que se aproxima
Então dorme
Um sono profundo
Sem pensar em ressurreição