SAIU DE VISTA

SAIU DE VISTA

Saiu de vista

O último espectro solar

Calou-se

O último canto dos pássaros

É noite infinita e solitária

Insone e sem luz

Devaneia sem destino

Sussurra uma prece

Para ver se fenece

Sem morrer

O fragor do vento

Não deixa

Os sonhos em claro

Vão passando passando

Deixando vestígios de luz

Na aurora que se aproxima

Então dorme

Um sono profundo

Sem pensar em ressurreição

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 01/09/2018
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