visão II
pelos olhos que tenho
vejo um futuro no escuro
um caminho cheio de tropeços
não sei como me levantar
com jeito manso ou ferrenho
não sobra tempo nem para pensar
vontade tenho de falar
minha garganta está presa
me alimento de esperança
respiro pela sorte
um dia chego lá
nem que tenha que gritar
para o povo se rebelar
um não, tem que ser dito
aos que só pensam no poder