Soldado
Preso em um lugar no meio do mato
Onde há um monte de ocas
Que entoca a nudez que me cega
Toda vez que as vejo
Luto contra o desejo do homem,
A mais perigosa das vontades,
Sentir o odor do suar das peles vermelhas
E não poder a carne saciar
Pois suas vergonhas de fora
Aflora a febre que sinto
É como se eu estivesse em um labirinto
O qual as paredes fossem de pele
É difícil conter as mulheres pintadas
Sem vestimentas, sem nada
E quando o tempo me libertar
Desertarei na zona da mata