SEREIA SENIL
Pertence aos porões dum século defunto
Como o silêncio no fundo do oceano.
Quem lhe trará as boas novas? Que anjos?
Não sabe de tramas ou conspirações
— estrelas do engodo, destino frustrado
Em cada soluço asfixiando seu canto
Feito ilha que se despedisse do dia.
A luz não fere a superfície impassível,
Tanto azul desperdiçado nas esperas
Por missivas de seu rei menos o reino...
Pertence às carcaças de naus de naufrágios
Sem glamour nem crônica, um prêmio perdido
Em templos cor de coral, cor de marfim.
Há no entanto um proverbial sentido em tudo
Quanto sonha nessa noite imprevisível
E a lágrima é tímida e diluída em correntes
Dementes e a luz não constrangerá as ondas.
A música das profundezas é louca.
.
Pertence aos porões dum século defunto
Como o silêncio no fundo do oceano.
Quem lhe trará as boas novas? Que anjos?
Não sabe de tramas ou conspirações
— estrelas do engodo, destino frustrado
Em cada soluço asfixiando seu canto
Feito ilha que se despedisse do dia.
A luz não fere a superfície impassível,
Tanto azul desperdiçado nas esperas
Por missivas de seu rei menos o reino...
Pertence às carcaças de naus de naufrágios
Sem glamour nem crônica, um prêmio perdido
Em templos cor de coral, cor de marfim.
Há no entanto um proverbial sentido em tudo
Quanto sonha nessa noite imprevisível
E a lágrima é tímida e diluída em correntes
Dementes e a luz não constrangerá as ondas.
A música das profundezas é louca.
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