PRECIPITAÇÃO
cai de mansinho
a chuva
dos meus olhos
pingos de dor
molhando a terra
ainda fértil
de mim mesma
essa água
que hoje desce mansa
nem sempre foi
tão branda assim
já tive temporais
inundações
vendavais
tempestades de amor
granizos de indiferença
procelas imensas
que quase
me arrebataram
hoje resta a calma
a bonança
a esperança
de um dia
quem sabe
as nuvens esparsas
se afastem de vez
e eu possa
me ensolarar
novamente.