Canção do vento
Como é bom sentir o vento soprar, mesmo não querendo a noite tão fria;
só mesmo a alegria
de decorar sua canção sempre... Oras, daquele modo que nem sei expressar.
Que alegria!,
ele agora é o dono da vida, o vento a carrega, solfeja em seus ouvidos...
Não quer ordenar, apenas ventila o sono de cada coisa. Aonde chegar,
encantado com a dança do capim-gordura, pelos cantos
e meio do campo quase sem fim?
Nada de encontrar no sonho
uma parede dura sem encontrar uma firmeza pura,
uma vibração assim solene:
no peito de um ser bruto.
Sopra vento!, canta a alegria que cega,
traz a noite sadia, sem medo de nada,
nem da solidão,
se for de fato boa!