Ventanias de desilusões
Não me fale do que pensa ser amor, cismar não é amar,
tampouco me condene por não negar, te renegar.
Como posso te dar o que já não tenho.
Porque me pedes amor, eu sou, mas, não estou,
quando o amor que havia em meu peito, ardeu feito brasa,
queimou, incendiando todo o castelo construído,
para um dia por um instante, nele me abrigar.
Hoje esse amor virou cinza, soprada para longe,
deixando-me sem sensação alguma além da perda.
O nada dum amor, querendo, sem poder renascer.
Tem amores assim, que se perdem pelo infinito,
não deixam sequer semente, mas, espalham a poeira do amor
que em seu brilho vira constelação arrastada pelas ventanias
de desilusões, juntando-se a outras...
Outras,
Para outra alma de coração inocente, enganar.
Não me fale mais de amor, amei uma única vez,
Não quero mais amar.