Ventanias de desilusões







Não me fale do que pensa ser amor, cismar não  é amar,
tampouco me condene por não negar, te renegar.
                 Como posso te dar o que já não tenho.

                 Porque me pedes amor, eu sou, mas, não estou,
quando o amor que havia em meu peito, ardeu feito brasa,
queimou, incendiando todo o castelo construído,
para um dia por um instante, nele me abrigar.
Hoje esse amor virou cinza, soprada para longe,
deixando-me sem sensação alguma além da perda.

O nada dum amor, querendo, sem poder renascer.

Tem amores assim, que se perdem pelo infinito,
não deixam sequer semente, mas, espalham a poeira do amor
que em seu brilho vira constelação arrastada pelas ventanias
de desilusões, juntando-se a outras...

Outras,
Para outra alma de coração inocente, enganar.
Não me fale mais de amor, amei uma única vez,
Não quero mais amar.

 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 21/05/2018
Reeditado em 21/05/2018
Código do texto: T6342696
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