Alma sem espinhos
             Prosa







O amor foi um doce bosque por onde fui descalça
com uma cesta carregada de flores, corri por ele sem medo
                                 Com uma vontade de chegar.
                                 Com vestido esvoaçante,            
                                 Conduzindo muitos sonhos.
Da encantada viagem em algum momento tive que voltar,
é que havia deixado um importante pedaço de mim.
                           Pensei poder recuperar.
Ao tentar refazer o percurso, não sabia mais para onde ir.
Atônita diante dum por do sol, me perdi.
Saltei pedregulhos, lôdos, ladeiras, escorreguei
quase me arrebentei, escapei.
Alguns espinhos espetaram uma alma, que deixei para trás
em fragmentos, perdidos ao vento.

Sorri, quando consegui chegar, me percebi inteira.
Sou alma sem espinhos,
Clamo ao mundo, eu te esqueci.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 15/05/2018
Código do texto: T6337083
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