ACOSTUMEI-ME
(Sócrates Di Lima)
De tantas as coisas que me acostumei nesta vida,
Uma delas, é estar sozinho,
De outras tantas nem sinto falta por ter sido doída,ostumei
Que me desacostumei devararinho.
De tantas coisas que me desacostumei,
Uma delas, não foi você,
E de toda a saudade que esperimentei,
Ficaram, sei la, nem sei o porquê!
O certo é que, de tudo isto,
Não me me desacostumei de você,
Pelo contrário, a saudade faz isso,
Lembrar-me de tudo, até do que meu olhar não vê.
E ai, eu me pergunto,
- Tem isto importância?
E com todas as respostas que vem junto,
Uma delas é de grande relevância.
Aonde você está?
Aonde estará o meu amor,
Ali, lá, acolá?
Nem posso então supor.
Ah! Eu me acostumei com a saudade sim,
Acostumei-me com a sua ausência,
Acostumei-me até a ficar sem mim,
Por Deus, haja paciência!
Mas, não se preocupe anjo meu,
Vou acabar me acostumando com tudo,
Pode lhe parecer até absurdo,
Mas, na verdade, você nem mais se lembra d'Eu.
E eu, sinceramente,
Até me acostumei com isto também,
Ei sei, que onde você estiver presente,
Ausente estará Eu, meu bem!
E se por acaso você vem aqui de vez enquando,
Espiar, e saber se ainda, ando lhe pensando ou fingindo,
Com esta ideia, vá se acostumando,
Nunca mais pensei, enquanto estive dormindo.
E assim, resta-me alguns boas lembranças,
De quando havia me acostumado com você em mim,
Mas, hoje, nem mesmo me acostumei com alguma esperança,
De viver sem você, como de costume, enfim!