Saia azul-celeste
Não me lembro das paixões,do vigor ocioso,
que me trazias pelas mãos todos meus sentidos:
Trazia-me corpo adentro,sem dizer palavras,
e ,à parte,livre-me de meu ventre,petálas se foram!
Hoje partirei e não me verás mais no mesmo ancoradouro,
com meus baús que trouxe, partirei pra alguma outra margem,
canoas e remos,remando solidão,
achei úmida campina onde plantarei madresilvas e lírios
e alguns laranjais!
O amor perdeu-se na saia azul-celeste,
mas trago,bem lá no limbo,versos escondidos
e pelas manhãs afáveis os farei,que aparecem no céu ,mesma cor!
À noite contemplarei estrelas e as tocarei,com as pontas dos pés !!