A BANDA DO TROVADOR ELETRÔNICO

Imagine-se por essa galáxia

a grande atração... Não é falácia.

Apresentarei a todos que se embalam:

é musicalidade, dança, nada em vão,

paradigma “paralemodernidade”,

escutem a banda da novidade.

Leitores, poetas, músicos, dramaturgos,

som inundando em meio a tudo,

que nos diz com muita clarividência,

qualquer poética sobrevivente,

é que se firmou no mais antigo embalo,

a canção.

E perdido em meio ao grande baile,

desta festa, além da ilusão,

uma garota então perguntou ao microfone,

quem é capaz de cantar e não desafinar?

Um coral de poetas respondeu no ar,

qualquer um dos convidados a bailar,

desde que cante com alma na fonética,

e ouvido esperto a nova sonoridade e estética.

Surpreendente, alguém anunciou ao microfone,

o absorto absurdo irá cantar:

hei mundo embalo lírico!

Ajudem-me a cantar sem compromisso,

se vocês embalarem...

Como posso desafinar? Hem!

Absorto absurdo, não estamos mudos.

Hei! Vamos cantar, contudo,

bicho não morto, sensível,

querendo ser livre, indivisível,

entre o mito e a relatividade.

Enquanto você no vaivém da modernidade,

escuta uma canção que acalma,

sua pura alma,

falando de amor, de um amor trivial.

E eu espreitando no “deal”,

garimpando a canção instigante,

entre a matéria e o instante,

minguando o turvo rompendo brilhante,

tudo no axioma do contexto vivente,

sem entender o rumo eloquente,

o que está à frente.

A galáxia, distância inatingível,

um ponto tão minúsculo,

contém além do absurdo.

Você me chama

se interpõe ao drama,

me quer dançando, rodeio,

e eu sou o desencontro ao meio,

de uma porta aberta ao trânsito.

Vida a dois no âmbito,

você é só uma e nós

e eu sou só e nós,

ninguém pediu para nascer,

mas continua, o que fazer?

O apelo de querer avaliar,

e o que não dá mais para negar

consegui sintonizar "esta",

a canção da banda que arromba festa.

O percurso é alucinante,

entre o mito e a realidade.

Equidistante.

Deixo você a maneira,

nada em vão, fundeando-me à beira...

“Manera, manera meu bem”,

ainda bem não me perdi na viagem,

encontrei-me a tudo.

Só...Firme, escorreguei a mão ao veludo.

Gaia, terra, mundo...

Omar Botelho
Enviado por Omar Botelho em 11/04/2018
Código do texto: T6305688
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