Chapado de Janis Joplin
Eu esperava ela vir me atiçar
Com seus bicos negros cantarolando
Na cama alienada, que me esperou
E inundou minhas mãos profanas.
Suba colocando o orgasmo no vão
Dos arquipélagos engalfinhados no
Puro anoitecer da luminosidade perfurando
As estrelas!
Abro a boca e os olhos, e de dentro sai
Um signo que eu nunca vi nem senti,
Mas ouvi no lupanar sonhado.
O som etílico manchou minha testa;
Fui pego no alto do vício de uma
Outra alma currada;
Puxe-me assim! Deixa-me cair em você!
Vou ver tudo o que você vê!
O rosto molhado queima o chão quando
O suor misturado com estupidez pinga
Afortunadamente.
Olhe os doentes e os germes subindo
Pelos seus seios;
Queria cair com você e apalpar os
Grilos flutuantes, inquirir aos elefantes
Aidéticos, rolar com a paixão junto
Dos mortos em seus automóveis e em
Seus roupões e calçados repletos de ácaros.
As sombras estão chegando! Oh não!
Elas estão entrando em mim.
Livrou-me do áspero calor que
Levantou voo para uma jornada
Desprezível. Talvez fugi dos mortos.
No fundo da cidade o escuro mundo
De um beco habitado por uma jovem
Sorri feito o mal;
O jornal limpou seu beiço e o seu
Embaraçado cabelo;
Você ficou estendida na solidão e no
Vômito esperando a polícia te pegar,
E eu vi naqueles finos minutos uma
Princesa delirante babar um grito
De dor e escravidão.