Aleatório.

Para mim,

O mundo é um gigante sanatório,

Onde todos fingem ser felizes.

Vivem sonhos que não são seus.

Se auto-programam para viver,

Em prol do que o sistema necessita.

Ah, a vida.

Uma abstração de algo que não entendemos,

Um enigma insano,

A qual estamos preso.

Vivendo aleatoriamente rumo aos mesmos erros.

Nascemos, crescemos, morremos e...

Somos esquecidos.

Sonhamos enquanto jovens,

E criando falsas perspectivas sobre o futuro.

Crescer não é tão belo para nós velhos,

Quanto aos olhos de uma criança.

Pois quando passamos pelo momento de transição,

Aprisionamos dentro de nós,

Todos os sonhos, as cores, as alegrias.

Tudo se torna frágil demais,

E muito longo os dias.

Porque as cores se tornam tons de cinza.

E os pés descalços,

Se tornam gravatas que nos enforcam.

Como era belo viver,

Quando não se compreendiam as mazelas da vida,

Os problemas fúteis que temos que conviver.

O tempo curto e que a cada dia mais se encurta,

Lembrando que a cada instante,

Você está mais próximo de morrer.