SIMBIOSE POÉTICA
Eu havia lançado algo que veio aos ouvidos
Alaridos torpes feito sussurros
Urros de sentimentos
Pensamentos que voam mesmo sem ter asas.
Rasas rajadas de vento distorcem a sintonia da velocidade
Saudade da felicidade, mas faltava reciprocidade...
Verdade em todo gesto havia.
Vestia a melancolia de alegria, fantasiando a mentira.
Atira fragmentos de rancores ao acaso
Vaso de flores e amor inutilizado.
Desprezado foi. Hoje grita e chora; um coração que tanto amou.
Clamou por um carinho, mesmo que falso, mas que se fazia verdadeiro.
Primeiro ficou um sentimento pendente, que insiste em bagunçar minha mente.
Sente intenso no peito, o pulsar de um coração.
Se não desatar o nó desse laço, serei um ser só sem beijo e abraço...
Refaço o ânimo feito sol nascente
Crente de um amor vindouro, apesar dos males
Vales atravessarei sem nada temer por este amor
Temor sofri nas noites de solidão abraçado com minha alma perdida e desiludida.
Aborrecida com os tombos dessa vida sofrida e vivida.
Ferida, a alma, o âmago da vida, os olhos abri, criei asas e voei.